Please use this identifier to cite or link to this item: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3312
metadata.dc.type: Dissertação
Title: Levantamento linguístico na Terra Indígena de Mangueirinha/PR a partir da perspectiva Kaingang: um trabalho em co-labor
metadata.dc.creator: Queiroz, Elisangela Wilchak
metadata.dc.contributor.advisor1: Fraga, Leticia
metadata.dc.contributor.referee1: Nascimento, André Marques do
metadata.dc.contributor.referee2: Carlos, Valeska Gracioso
metadata.dc.description.resumo: O objetivo geral deste trabalho é realizar um levantamento linguístico da língua Kaingang falada na Terra Indígena (doravante T.I.) de Mangueirinha/PR, na perspectiva do co-labor, em parceria com a comunidade Kaingang dessa localidade, levando em consideração a noção Kaingang de língua. Como objetivos específicos pretendemos: a) compreender a noção de língua na perspectiva Kaingang; b) analisar o processo de construção de instrumento de coleta de dados sobre língua Kaingang que considere essa noção de língua, realizado junto a professores indígenas; c) avaliar a vitalidade da língua indígena na perspectiva Kaingang. Ao longo desta dissertação pretende-se responder às seguintes perguntas: qual o índice de vitalidade a língua Kaingang na T.I. de Mangueirinha? Qual a noção de língua na perspectiva Kaingang? É possível construir um instrumento de coleta de dados que considere essa visão de língua? Em que sentido esse instrumento difere de outros? Para a construção de um referencial teórico adequado às nossas intenções, nos organizamos da seguinte forma: primeiramente fizemos um levantamento de todas as pesquisas já realizadas sobre língua Kaingang disponíveis na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações - BDTD. Os 31 trabalhos encontrados foram divididos em 2 grandes grupos: de um lado, 28 trabalhos realizados por pesquisadores não indígenas e, de outro, 3 trabalhos de pesquisadores indígenas. Na sequência, o primeiro grupo foi subdivido, conforme a temática/natureza da pesquisa: 28 trabalhos descritivos a partir de modelos teóricos estrangeiros (europeus ou estadunidense) e 3 trabalhos relativos à educação escolar indígena/formação de professores, que demonstram um esforço de tentar considerar a visão de língua do povo Kaingang. No entanto, também insistem no uso de referenciais estrangeiros que se referem a outra realidade, para tentar acessar a complexidade da compreensão Kaingang do que seja língua. Por fim, realizamos o nosso debate sobre língua Kaingang e o que ela significa para este povo, a partir da noção trazida por Claudino (2013), Amaral (2014) e Ferreira (2014), três professores-pesquisadores Kaingang. Metodologicamente nos baseamos em Amaral (2015), que traz a questão da proposta de pesquisa decolonial e também em Leyva e Speed (2008), que tratam do trabalho coletivo. Para discutir a ética na pesquisa com comunidades indígenas, nos amparamos em Smith (2018), Silva e Grubtis (2006) e para discutir o trabalho colaborativo, em Fernandes (2015, p. 331), segundo quem "a realização dos trabalhos de campo são ressignificadas, reelaboradas e redefinidas a partir das percepções de cada povo". Em termos de natureza, trata-se de uma pesquisa de campo realizada em conjunto com a comunidade Kaingang da Terra Indígena de Mangueirinha/PR, trabalho esse que permitiu tanto criar quanto aplicar um questionário relativo à presença da língua indígena. Por essa razão, os dados analisados têm duas fontes: a) o próprio processo de construção do instrumento de levantamento de dados feito junto à comunidade envolvida, com quem realizamos um trabalho colaborativo, que levou em consideração a visão dos indígenas, neste caso sobre sua própria língua; b) a análise das respostas a esse questionário, elaborado juntamente com professores indígenas da Terra Indígena de Mangueirinha/PR, que nos permitiu fazer o levantamento sobre o uso da língua Kaingang na perspectiva desse povo. Como resultados, obtivemos dados sobre a língua que comprovam que ela ainda se faz muito presente na comunidade, na condição de língua materna, pois é assim que os Kaingang a denominam. No entanto, essa condição se dá em outros termos (não da mesma forma que se dá na perspectiva ocidental), já que independe se ela é ou não falada pelo/a Kaingang ou se foi aprendida primeiramente, em relação à língua portuguesa. Compreender que a língua Kaingang 9 tem essa dimensão para o povo Kaingang de Mangueirinha só foi possível porque construímos os instrumentos de levantamento de dados em conjunto com a comunidade, levando em consideração sua perspectiva de língua, por meio de um trabalho colaborativo.
Abstract: El objetivo general de este trabajo es realizar un levantamiento lingüístico de la lengua Kaingang hablada en la Tierra Indígena (en lo sucesivo T. I.) de Mangueirinha/PR, en la perspectiva del co-labor, en asociación con la comunidad Kaingang de esta localidad, teniendo en cuenta el concepto Kaingang de la lengua. Como objetivos específicos queremos: a) comprender el concepto de lengua en la perspectiva Kaingang; b) analizar los procesos de la construcción de los instrumentos de toma de datos sobre lengua Kaingang que considere este concepto de lengua, realizado juntamente a los profesores indígenas. A lo largo de esta disertación se pretende contestar a las siguientes preguntas: ¿Cual el índice de la vitalidad de la lengua Kaingang en la T.I. de Mangueirinha? ¿Cuál es el concepto de lengua en la perspectiva Kaingang? ¿Es posible construir un instrumento de toma de los datos que considere esa perspectiva de lengua? ¿En qué sentido estos instrumentos se difieren de los otros? Para la construcción de uno referencial teórico adecuado a las nuestras intenciones, nos organizamos de la siguiente manera: primeramente, hicimos un levantamiento de todas las investigaciones ya realizadas a cerca de la lengua Kaingang disponibles en la Biblioteca Digital Brasileña de Teses y Disertaciones (BDTD). Los 31 trabajos encontrados fueron divididos en 2 grandes grupos: de un lado, 28 trabajos realizados por investigadores no indígenas e, de otros, 3 trabajos de investigadores indígenas. En la secuencia, el primer grupo fue subdividido, de acuerdo con las temáticas/naturaleza de la investigación: 28 trabajos descriptivos desde modelos teóricos extranjeros (europeos o estadunidenses) y 3 trabajos referentes a la educación escolar indígena/formación de profesores, que demuestran un esfuerzo por intentar atender la perspectiva de la lengua del pueblo Kaingang. Sin embargo, también insisten en el uso de referenciales extranjeros que se refieren a otra realidad, para intentar disponer acceso a los complejos entendimientos Kaingang de que sea la lengua. Por último, realizamos nuestro debate a cerca de la lengua, de acurdo con las ideias de Claudino (2013), Amaral (2014) y Ferreira (2014), tres profesores-investigadores Kaingang. Metodológicamente nos basamos en Amaral (2015), que trae la cuestión de la propuesta de investigación decolonial y también en Leyva, Burguete e Speed (2008), que reflexionan a cerca del trabajo colectivo. Para discutir la ética en la investigación con comunidades indígenas, nos basamos en Smith (2018), Silva y Grubtis (2006) y para discutir el trabajo de co-labor, en Fernandes (2015, p. 331), según quien "a realização dos trabalhos de campo são ressignificadas, reelaboradas e redefinidas a partir das percepções de cada povo". En términos de naturaleza, se trata de una investigación de campo realizada en conjunto con la comunidad Kaingang de la Terra Indígena de Mangueirinha/PR, trabajo este que permitió tanto la creación cuanto la aplicación de un cuestionario sobre lengua indígena. Por esta razón, los datos investigados tienen dos fuentes: a) el proceso de construcción de los instrumentos de levantamiento de los datos hechos juntamente con la comunidad involucrada, con quien realizamos un trabajo de colaboración que resulto en la consideración de la perspectiva de los indígenas, sobre su propia lengua; b) el analice de las contestaciones a esto cuestionario, creado juntamente con los profesores indígenas de la Tierra Indígena de Mangueirinha/PR, que nos permitió hacer el levantamiento a cerca de la lengua Kaingang en la perspectiva de este pueblo. Como resultados obtuvimos datos a cerca de la vitalidad de la lengua que demuestran que la lengua permanece presente en la comunidad, además, la noción de lengua para los Kaingang, los cuales la nombren lengua materna, Independiente se hablan o no o se aprendió primer o no. A parte de eso, destacamos que es posible la construcción de instrumentos que lleven en cuenta esta ideia de lengua, uno de los motivos por lo cual él se diferencia de los demás instrumentos, así como la utilización del trabajo de co-labor en su construcción.
Keywords: Levantamento linguístico
Língua Kaingang
Noção de língua
Trabalho colaborativo
metadata.dc.subject.cnpq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
metadata.dc.language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Estadual de Ponta Grossa
metadata.dc.publisher.initials: UEPG
metadata.dc.publisher.department: Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós - Graduação em Estudos de Linguagem
Citation: QUEIROZ, Elisangela Wilchak. Levantamento linguístico na Terra Indígena de Mangueirinha/PR a partir da perspectiva Kaingang: um trabalho em co-labor. 2020. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem) - Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2020.
metadata.dc.rights: Acesso Aberto
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
URI: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3312
Issue Date: 8-Dec-2020
Appears in Collections:Programa de Pós - Graduação em Estudos da Linguagem

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
Elisangela Wilchak Queiroz.pdfdissertação completa em pdf2.72 MBAdobe PDFView/Open


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons