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metadata.dc.type: Dissertação
Title: AS RELAÇÕES ENTRE AS VIVÊNCIAS ESPACIAIS DE ALUNAS E ALUNOS DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE ENSINO MÉDIO REGULAR E A REPROVAÇÃO GENERIFICADA NA CIDADE DE PONTA GROSSA, PARANÁ
metadata.dc.creator: Oliveira, Susana Aparecida Fagundes de
metadata.dc.contributor.advisor1: Ornat, Marcio Jose
metadata.dc.contributor.referee1: Pimentel, Carla Sílvia
metadata.dc.contributor.referee2: Silva, Maria das Graças Silva Nascimento
metadata.dc.description.resumo: Essa dissertação analisa as relações entre as vivências espaciais de alunas e alunos das Instituições Públicas de Ensino Médio Regular e a reprovação generificada na cidade de Ponta Grossa, Paraná. Para respondermos a questão central da presente dissertação, estabelecemos as seguintes questões específicas: Quais são as características da reprovação generificada nas Instituições Públicas de Ensino Médio Regular na cidade de Ponta Grossa, Paraná? Como alunas e alunos do Ensino Médio Regular avaliam suas Instituições Públicas de Ensino na cidade de Ponta Grossa, Paraná? Como as espacialidades são vivenciadas por alunas e alunos do Ensino Médio Regular das Instituições Públicas de Ensino na cidade de Ponta Grossa, Paraná? Assim, para a produção de inteligibilidade deste fenômeno, foram aplicados 1535 questionários semiestruturados aos discentes de ensino médio regular, com idades entre 15 e 29 anos, de dez instituições públicas de ensino da cidade de Ponta Grossa, Paraná. A sistematização dos dados evidencia que 29% dos meninos declararam ter reprovado durante o ensino médio, enquanto que, 17% das meninas fizeram esta mesma afirmação. Ao compararmos os percentuais de reprovações de meninas e meninos entre os colégios com mais e menos reprovações, a diferença entre estes colégios foi pouco expressiva, a qual teve uma variação média de 1%. Todavia, os dados que mais nos chamam a atenção estão relacionados à discrepância na reprovação entre meninas e meninos, cuja variação média foi de 12% a mais entre os meninos. Estes dados indicam que existe uma reprovação generificada. No que se refere à vivência espacial, os dados evidenciam que as espacialidades da casa e do colégio são os locais mais vivenciados pelas meninas, enquanto que, os meninos tem uma vivência maior das espacialidades da rua e do trabalho. Neste sentido, fica explicito que meninas e meninos não vivenciam as espacialidades da mesma forma, corroborando com as normas hegemônicas que regem os padrões comportamentais de meninas e meninos e este fato implicando nos comportamentos de reprovação na comparação entre ambos. Tanto nos colégios com mais reprovações quanto nos colégios com menos reprovações, as meninas tendem a vivenciar mais a espacialidade da casa e do colégio do que os meninos, sendo este percentual de 69% das meninas e 65% dos meninos em relação a casa, e, 21% das meninas e 14% dos meninos em relação ao colégio. No que se referem aos meninos, estes vivenciam mais as espacialidades do trabalho e da rua do que as meninas, sendo que os percentuais são de 8% de meninas e 13% de meninos em relação ao trabalho, e 1% de meninas e 6% de meninos em relação à rua. Estes dados estão relacionados às intensidades de leitura e prática esportiva. Os meninos afirmam praticar 3 vezes mais esportes do que as meninas. Em compensação, estas desenvolvem atividades de leitura 3 vezes mais do que os meninos. Sendo estas atividades contrastantes entre si, os níveis de exigências são completamente distintos. A prática esportiva requer mais esforço físico, enquanto que a atividade de leitura está relacionada a um exercício intelectivo. O espaço escolar tem sido para os jovens discentes um espaço de conflitos entre o ser jovem e ser aluno (a), pois enquanto um espaço voltado para a disciplinarização dos sujeitos tende a homogenizar os jovens discentes, descartando assim, toda a possibilidade de uma multiplicidade existencial entre meninas e meninos, esquecendo-se das vivências espaciais, que também são generificadas. Portanto, compreendemos que os espaços vivenciados pelos discentes [casa, rua, trabalho] e, sobretudo o espaço escolar, são espaços instituídos por relações de poder hegemônicas, os quais estabelecem através de mecanismos de poder, neste caso o de gênero, os espaços adequados para meninas e meninos, relacionando-se a um comportamento generificado de reprovações que ocorre através das práticas pedagógicas, possibilitadas pelo espaço escolar.
Abstract: This dissertation analyses the relationship between the experiences of high school public institutions‟ students and the gender failure in Ponta Grossa city, Paraná. To answer the central question of this dissertation, we stablish the following specific questions: What are the characteristics of the gender failure in high school public institutions in Ponta Grossa city, Paraná? How do the students assess their high school public institutions in Ponta Grossa city, Paraná? How is the spatiality experienced by high school students in public education institutions in Ponta Grossa city, Paraná? Therefore to produce the comprehensibility of this phenomenon, 1535 semi-structured questionnaires were applied to high school learners, with ages between 15 and 29 years, from ten public education institutions in Ponta Grossa city, Paraná. The data‟s systematization shows that 29% of the boys declare having failed during high school, whereas 17% of the girls affirmed the same. When comparing the failure percentages of boys and girls between the schools with more and with less failure, the difference between these schools was little expressive, which had an average variation of 1%. Nevertheless, the data that raises awareness the most are related to the discrepancy in the failure between boys and girls, whose average variation was 12% more among boys. These data shows that a gender failure exists.in relation to spatial experience, data shows that home and school spatiality are the most experienced places by girls, while the boys experience more spatiality in the street and at work. In this regard, it gets clear that boys and girls don‟t experience spatiality in the same manner, confirming the hegemonic rules that govern the behavioral patterns of boys and girls and this fact entails the failure behavior in the comparison between both. Not only in high schools with higher failure rates but in the schools with lower failure rates, girls tend to experience more the spatiality of home and school more than boys, this percentage being 69% girls and 65% boys relating to home, and 21% for girls and 14% for boys relating to school. In regard of the boys, these experience more the spatiality of work and street than the girls, the percentages being 8% of girls and 13% of boys relating to work, and 1% girls and 6% boys relating to the street. These data are related to the intensity of reading and the practice of sports. The boys affirm to practice 3 times more sports than the girls. On the other hand, the girls develop reading activities 3 times more than the boys. Those practices contrasting with each other, the levels of demand are completely distinct. The practice of sports demands more physical effort, while reading is more related to a mind effort. The school space has been for young students a space of conflict between being a young person and a student, since a space focused on disciplining the subject tends to homogenize young students, discarding all the possibility of an existential multitude between boys and girls, forgetting spatial experience, that are also gender related. Being so, one understands that the spaces experienced by students [home, work and street] and, especially the school space, are spaces imposed by the hegemonic power relations which are stablished through power mechanisms, in this case the gender, the adequate spaces for boys and girls, relating to a gender behavior of failure that occurs through pedagogic practice, enabled by school space.
Keywords: espaço escolar
reprovação
juventude(s)
gênero
school space
failure
youth
gender
metadata.dc.subject.cnpq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA
metadata.dc.language: por
metadata.dc.publisher.country: BR
Publisher: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
metadata.dc.publisher.initials: UEPG
metadata.dc.publisher.department: Gestão do Território : Sociedade e Natureza
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós Graduação Mestrado em Gestão do Território
Citation: OLIVEIRA, Susana Aparecida Fagundes de. AS RELAÇÕES ENTRE AS VIVÊNCIAS ESPACIAIS DE ALUNAS E ALUNOS DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE ENSINO MÉDIO REGULAR E A REPROVAÇÃO GENERIFICADA NA CIDADE DE PONTA GROSSA, PARANÁ. 2017. 190 f. Dissertação (Mestrado em Gestão do Território : Sociedade e Natureza) - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA, Ponta Grossa, 2017.
metadata.dc.rights: Acesso Aberto
URI: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/594
Issue Date: 4-Apr-2017
Appears in Collections:Programa de Pós - Graduação Mestrado em Gestão do Território

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