Please use this identifier to cite or link to this item: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3971
metadata.dc.type: Dissertação
Title: Racismo: luta diária e desafio do estudante indígena na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
metadata.dc.creator: Quadros, Alexandre Kuaray de
metadata.dc.contributor.advisor1: Fraga, Letícia
metadata.dc.contributor.referee1: Nascimento, Andre Marques do
metadata.dc.contributor.referee2: Couto, Ligia Paula
metadata.dc.description.resumo: Esta dissertação tem como objetivo geral compreender como o racismo se manifesta contra a população indígena universitária da UEPG, considerando que o racismo está enraizado na sociedade brasileira. Como objetivos específicos, realizei um levantamento de relatos dos/as participantes considerando as seguintes categorias analíticas: a) o papel das políticas afirmativas contra o racismo; b) as situações de racismo vivenciadas/ presenciadas por estudantes indígenas na escola, universidade e outro locais; c) o papel da instituição para prevenir o racismo contra estudantes indígenas; d) o papel do racismo na evasão dos estudantes indígenas. O trabalho foi dividido da seguinte forma: inicialmente, apresento minha trajetória como estudante e pesquisador Guarani Mbyá, quando igualmente fui alvo de racismo dentro da instituição em que realizei meus estudos. Em segundo lugar, discuto como se deu o processo de invasão do território que hoje se chama Brasil e as consequências dessa invasão para os povos originários ao longo desses 522 anos de colonização para, então, discutir como se deu o processo de acesso ao Ensino Superior no Paraná por nós, indígenas, considerando que a UEPG compõe o conjunto das universidades paranaenses que realizam o Vestibular dos Povos Indígenas no Paraná, de acordo com a Lei 13134, de 18/04/2001, modificada pela Lei 14995, de 09/01/2006. Em terceiro lugar, discuto as origens do racismo contra os povos originários, a partir dos primeiros contatos violentos do homem branco europeu com os povos originários do oriente, violência de que somos vítimas até hoje. Por fim, discuto as experiências vividas pelos/as participantes da pesquisa, mostrando nossa realidade dentro da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Desse modo, meu referencial teórico é composto pela minha vivência como pesquisador indígena, em diálogo com autores negros/as como Kilomba (2021) e Almeida (2019) e de parentes como Coelho Takariju (2021), Jecupé (2020), Tuhiwai Smith (2018), Krenak (2019) e Luciano Baniwa (2006), dentre outros. Do ponto de vista metodológico, me amparei em Kilomba (2021), realizando uma pesquisa centrada em sujeitos, cujos dados foram levantados por meio de entrevistas narrativas biográficas com estudantes indígenas, que relataram suas histórias de vida e suas experiências pessoais ocorridas dentro de uma estrutura racista, como é o caso de uma Instituição de Ensino Superior. Como resultado, concluo que os estudantes indígenas da UEPG são vítimas de racismo estrutural, institucional e cotidiano, nos termos que expõe Kilomba (2021), razão pela qual buscam transformar a realidade que vivem neste espaço, para que possam efetivamente dele fazer parte, uma vez que o lugar do indígena é onde ele quiser e que a universidade é território indígena.
Abstract: Esta disertación tiene como objetivo general entender cómo se manifiesta el racismo contra la población universitaria indígena de la UEPG, considerando que el racismo está arraigado en la sociedad brasileña. Como objetivos específicos, realicé un estudio de los informes de los participantes considerando las siguientes categorías de análisis: a) el papel de las políticas afirmativas contra el racismo; b) las situaciones de racismo vividas/presenciadas por los estudiantes indígenas en la escuela, la universidad y otros lugares; c) el papel de la institución para prevenir el racismo contra los estudiantes indígenas; d) el papel del racismo en la deserción de los estudiantes indígenas. El trabajo se dividió de la siguiente manera: inicialmente, presento mi trayectoria como estudiante e investigador Guaraní Mbyá, cuando también fui objeto de racismo dentro de la institución donde realicé mis estudios. En segundo lugar, discuto el proceso de invasión del territorio que hoy se llama Brasil y las consecuencias de esta invasión para los pueblos originarios a lo largo de estos 522 años de colonización. Luego, discuto el proceso de acceso a la Educación Superior en Paraná por parte de nosotros, los pueblos indígenas, considerando que la UEPG forma parte del grupo de universidades de Paraná que ostentan el Vestibular para los Pueblos Indígenas de Paraná, según la Ley 13134 del 18/04/2001, modificada por la Ley 14995 del 09/01/2006. En tercer lugar, discuto los orígenes del racismo contra los pueblos nativos, desde los primeros contactos violentos del hombre blanco europeo con los pueblos nativos del Oriente, violencia de la que somos víctimas hasta hoy. Por último, discuto las experiencias vividas por los participantes en la investigación, mostrando nuestra realidad dentro de la Universidad Estatal de Ponta Grossa. Así, mi marco teórico se compone de mi experiencia como investigador indígena, en diálogo con autores negros como Kilomba (2021) y Almeida (2019) y de familiares como Coelho Takariju (2021), Jecupé (2020), Tuhiwai Smith (2018), Krenak (2019) y Luciano Baniwa (2006), entre otros. Desde el punto de vista metodológico, me basaré en Kilomba (2021), realizando una investigación centrada en el sujeto, cuyos datos fueron recogidos a través de entrevistas narrativas biográficas a estudiantes indígenas, quienes contaron sus historias de vida y sus experiencias personales ocurridas dentro de una estructura racista, como es el caso de una Institución de Educación Superior. En consecuencia, concluyo que los estudiantes indígenas de la UEPG son víctimas del racismo estructural, institucional y cotidiano, en los términos que expone Kilomba (2021), por lo que buscan transformar la realidad que viven en este espacio, para que efectivamente puedan ser parte de él, ya que el lugar del indígena es donde quiera y la universidad es territorio indígena.
Keywords: Racismo contra indígenas
Lei 14995 de 09/01/2006
Permanência de indígenas no ensino superior
Racismo contra los indígenas
Ley 14995 del 09/01/2006
Permanencia de los indígenas en la educación superior
metadata.dc.subject.cnpq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
metadata.dc.language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Estadual de Ponta Grossa
metadata.dc.publisher.initials: UEPG
metadata.dc.publisher.department: Departamento de Estudos da Linguagem
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós - Graduação em Estudos de Linguagem
Citation: QUADROS, Alexandre Kuaray de. Racismo: luta diária e desafio do estudante indígena na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). 2022. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem) - Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2022.
metadata.dc.rights: Acesso Aberto
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
URI: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3971
Issue Date: 2-Dec-2022
Appears in Collections:Programa de Pós - Graduação em Estudos da Linguagem

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
Alexandre Kuaray de Quadros.pdfdissertação completa em pdf2.11 MBAdobe PDFView/Open


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons