Please use this identifier to cite or link to this item: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3919
metadata.dc.type: Dissertação
Title: VIVENCIAS ESPACIAIS DA SAÚDE NO GRUPO DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NA CIDADE DE PONTA GROSSA - PARANÁ
metadata.dc.creator: Tobias, Marcia Carneiro
metadata.dc.contributor.advisor1: Ornat, Marcio Jose
metadata.dc.contributor.referee1: Guimarães, Raul Borges
metadata.dc.contributor.referee2: Silva, Joseli Maria
metadata.dc.description.resumo: A presente reflexão tem como objetivo evidenciar as vivências espaciais que o grupo de travestis e transexuais experienciaram nos espaços de saúde, na cidade de Ponta Grossa – Paraná. São dois grupos que através de suas práticas cotidianas desestabilizam um mundo organizado entre homens e mulheres, questionando e propondo novas configurações entre sexo, gênero, e desejo. Sob essa perspectiva os sujeitos que não correspondem aos padrões estabelecidos são considerados desviantes, doentes e outros tantos qualificativos criados para classificar esses grupos. O grupo de travestis e transexuais desafiam a ordem binária através de suas corporeidades, em busca de garantir espaço dentro da sociedade. Nesta pesquisa, os sujeitos entrevistados são referenciados como ‘as travestis’ e ‘as transexuais’, por se identificarem como pessoas do sexo feminino, e que em sua maioria, estavam envolvidas com a atividade da prostituição. As espacialidades vivenciadas e retiradas de seus depoimentos, são importantes para a fundamentação como grupos e na sua essência como individuais. O espaço é aberto e em constante movimento, construído a partir de novas relações, orientando escolhas e reinvidicando respeito às diferentes identidades. Após a análise das entrevistas realizadas com 16 travestis e transexuais, detectamos 467 evocações referentes às relações estabelecidas em diferentes espacialidades, como o território da prostituição, às ONG’s, trabalho, universidade, casa, e o foco desta reflexão, as relações com a espacialidade da saúde. A proposição de políticas de saúde para grupos específicos gera polêmica por ser, a princípio, antagônica à universalidade preconizada constitucionalmente aos direitos sociais, dentre os quais o direito à saúde. A saúde, enquanto direito de todos e dever do Estado, na realidade brasileira é na prática ilusória. Na proposta de combater com as iniquidades, revertendo quadros de exclusão e violação dos direitos humanos fundamentais, traz a necessidade de focalização de ações e políticas específicas para a efetivação do princípio da universalidade a todos os cidadãos. Umas das ações mais direcionada a essa questão, é a Política Nacional de Saúde Integral LGBT - Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, que visa implementar ações no período entre os anos de 2012 a 2015, com metas ao enfrentamento da discriminação e redução das desigualdades relacionadas a saúde destes grupos. Contudo, a espacialidade de atendimento de Saúde coloca-se enquanto heterossexualizada. A partir de entrevistas, fora evidenciado que a espacialidade da Saúde apresenta-se interditada a vivência destas, interdição estruturada segundo relações que constrangem espacialmente a existência de um atendimento de respeito a vida e as diferenças. Problematizar a relação entre espacialidade da saúde e a vivência trans produz tanto subsídios para a efetivação de políticas públicas já existentes, quanto produz uma Geografia emancipatória.
Abstract: This reflection aims to show the spatial experiences that the group of travestis and transsexuals experienced in healthcare spaces in the city of Ponta Grossa - Paraná. Are two groups who through their daily practices destabilize a world organized for men and women, questioning and proposing new configurations between sex, gender, and desire. From this perspective the guys who do not meet the established standards are considered deviant, sick and so many other adjectives created to classify these groups. The group of travestis and transsexuals challenge the binary order through its corporeality, seeking to secure space within society. In this research, the interviewees are referred to as 'travestis' and 'transsexual', by identifying themselves as females, and that mostly were involved with the activity of prostitution. The lived spatiality and withdrawals from their accounts, are important for the reasoning as groups and as individual essence. The space is open and in constant motion, constructed from new relationships, and guiding choices lay claim respect for different identities. After the analysis of interviews with 16 travestis and transsexuals, we detected 467 evocations concerning relations established in different spatiality, as the territory of prostitution, to NGOs, work, university, home, and the focus of this reflection, relations with the spatiality of health. The proposition of health policies for specific groups stirs controversy by being at first antagonistic to the universality advocated constitutionally, among which the right to health social rights. Health care as a right and duty of the state, in the Brazilian reality is illusory in practice. In the proposal to combat inequities, reversing frames of exclusion and violation of fundamental human rights, brings the need to focus of specific actions and policies for the realization of the principle of universality to all citizens. One of the most targeted actions to this question is the National Comprehensive Health LGBT - Lesbian, gay, bisexual and transgender people, which aims to implement actions in the period between the years 2012-2015, with goals to fighting discrimination and reduction health inequalities related to these groups. However, the spatiality of Health care arises while heterossexuality. From interviews, it was evident the spatiality of Health presents the experience of those interdicted, structured relationships that interdiction second spatially constrain the existence of a call to respect life and differences. Questioning the relationship between health and the spatiality of trans experience produces both subsidies for the effectiveness of existing public policies and produces an emancipatory Geography.
Keywords: Vivências Espaciais
Saúde
Travesti
Transexual
Spatial Experiences
Health
Travesti
Transsexual.
metadata.dc.subject.cnpq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA
metadata.dc.language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Estadual de Ponta Grossa
metadata.dc.publisher.initials: UEPG
metadata.dc.publisher.department: Departamento de Geociências
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação Mestrado em Gestão do Território
Citation: CARNEIRO, Márcia Tobias. Vivências espaciais da saúde no grupo de travestis e transexuais na cidade de Ponta Grossa – Paraná. Dissertação (Mestrado em Gestão do Território ) - Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2014.
metadata.dc.rights: Acesso Aberto
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
URI: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3919
Issue Date: 19-Sep-2014
Appears in Collections:Programa de Pós - Graduação Mestrado em Gestão do Território

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
Marcia Tobias Carneiro.pdfdissertação completa em pdf1.03 MBAdobe PDFView/Open


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons